Velho carreiro ao parar de carrear, pra sua filha o comando ele entregou E aqueles bois se acostumaram com a moça, de tal maneira que jamais ele encalhou Podia estar no lamaçal mais perigoso, bastava ela dar apenas um sinal Pra se ouvir gemer trotão dentro do barro e os bois tirando o carro do terrivel pantanal Somente a moça a boiada obedecia, sem o seu grito o velho carro não saia Somente a moça a boiada obedecia, sem o seu grito o velho carro não saia Um dia a moça adoeceu e aqueles bois, outro carreiro não queriam respeitar Era preciso que ela viesse a janela, e desse órdens pra boiada caminhar Até que um dia sem ouvir a voz da moça, puxaram o carro passos lentos pela estrada Porque levavam o seu corpo no caixão, quão uma flor de estimação pra sua última morada Esse mistério ninguém sabe se não foi, a voz da moça do além tocando os bois Esse mistério ninguém sabe se não foi, a voz da moça do além tocando os bois Daquele dia tudo se modificou, tanta tristeza tomou conta do lugar O velho carro que era dela silenciou, e a boiada nunca mais quis carrear De sentimento por perder a companheira, foram morrendo um a um pelos currais Quem somos nós pra entender tamanha dor, como cabe tanto amor nos corações dos animais Esse mistério ninguém sabe se não foi, a voz da moça do além chamando os bois Esse mistério ninguém sabe se não foi, a voz da moça do além chamando os bois
Compositores: Floriovaldo Alves Ferreira (Creone) (SOCINPRO), Joao Doracio (Carlos Cesar) (SICAM), Jose Fortuna (Ze Fortuna) (UBC)Editor: Peermusic do Brasil (UBC)Publicado em 1992 (01/Jun)ECAD verificado obra #21629 e fonograma #939032 em 04/Abr/2024 com dados da UBEM