Cantado Atravessando o rio com toda a boiada Enfrentei a morte com quase certeza Na hora que o rio tava havendo enchente Me arrastou com o gado para a correnteza
Pulei do cavalo com a força da água Naquele perigo só via incerteza Comecei nadar, mas não consegui Deu câimbra nas pernas perdendo a destreza
Olhei para o céu e gritei aflito Chamei Madalena grande boiadeira Ela apareceu na margem do rio E jogou seu laço na hora certeira
Me puxou pra fora com todo cuidado Fiquei desmaiado sobre a ribanceira Acordei chorando vendo seu sorriso Minha protetora fiel companheira
declamado "- Ao fitar seus olhos falei assim És tu Madalena ou eu estou sonhando? Ela respondeu
Sou eu, meu amado Estarei a seu lado sempre lhe ajudando Eu voltei à Terra atender seu pedido E aqui estou, mas vou me arretirando Quando for preciso é só me chamar Que logo em seguida estarei voltando"
cantado Assim Madalena partia sorrindo Igual uma santa de face serena Havia cumprido a sua missão Tinha me salvado desta triste cena
Voltou para o céu, seu lugar sagrado Eu continuei na vida serrana Reuni o gado do sonho acordando Na bendita volta de Madalena
Compositores: Silveira, Silveirinha, Martins NetoPublicado em 2005 (25/Jul) e lançado em 1988 (30/Ago)ECAD verificado fonograma #1064520 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM