Crédito foto: Reprodução / Instagram: @ladygaga

Um homem foi detido junto a um adolescente por tramarem um ataque explosivo planejado para acontecer durante o show da cantora Lady Gaga, no Rio de Janeiro. A "Operação Fake Monster", coordenada pela Polícia Civil e o Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, conseguiu desarticular o esquema.

Os dois estavam vinculados a um grupo extremista que recrutava pessoas, incluindo menores, para executar atentados utilizando explosivos improvisados e coquetéis molotov, tudo com a finalidade de obter destaque em redes sociais.

"Foi uma operação que impediu que um mal muito maior fosse executado", disse
Felipe Curi, secretário da Polícia Civil do Rio.

"Foi uma ação integrada que salvou centenas de vidas. Esses grupos, que são organizados, têm metas para alcançar notoriedade, para arregimentar mais expectadores, mais participantes, a maioria adolescentes, muitas crianças”, afirmou o delegado Luiz Lima, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática.

Durante a operação, o suposto líder do grupo foi capturado em flagrante no Rio Grande do Sul por posse ilegal de armas, enquanto no Rio de Janeiro, o adolescente foi apreendido, sendo encontrado em posse de pornografia infantil.

A Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil foi quem desencadeou o alerta, ao notar a crescente radicalização de jovens na internet. Os aliciados propagavam crimes de ódio e outros conteúdos violentos em plataformas digitais como um meio de integração grupal e desafio.

A operação realizada cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em diferentes cidades, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Dispositivos eletrônicos e material relevante coletado serão analisados para o avanço das investigações.

Em uma continuação do desdobramento, agentes cumpriram um mandado em Macaé (RJ) contra outro suspeito de planejar ataques, que até ameaçava violência contra uma criança ao vivo. Este indivíduo responderá na Justiça por terrorismo e instigação ao crime.

As investigações seguem em curso na tentativa de identificar outros implicados e desintegrar a rede criminosa que se valia do ambiente virtual para fomentar a violência.