Chão de Estrelas Minha vida era um palco iluminado Eu vivia vestido de dourado Palhaço das perdidas ilusões Cheio dos guisos falsos da alegria Andei cantando a minha fantasia Entre as palmas febris dos corações Meu barracão no morro do salgueiro Tinha o cantar alegre de um viveiro Foste a sonoridade que acabou E hoje, quando do sol, a claridade Forra o meu barracão, sinto saudade Da mulher pomba-rola que voou Nossas roupas comuns dependuradas Na corda qual bandeiras agitadas Pareciam um estranho festival Festa dos nossos trapos coloridos A mostrar que nos morros mal vestidos É sempre feriado nacional A porta do barraco era sem trinco Mas a lua furando nosso zinco Salpicava de estrelas nosso chão Tu pisavas nos astros distraída Sem saber que a ventura desta vida É a cabrocha, o luar e o violão.
Compositores: Orestes Barbosa (SBACEM ), Silvio Caldas (SBACEM )Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO )Publicado em 1990 (28/Jun) ECAD verificado obra #519 e fonograma #10369 em 03/Abr/2024 com dados da UBEM
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