Saudade negra saudade que fere meu coração Trazendo a vida passada na minha imaginação Os anos me arrastaram longe da infância florida Estou chegando ao fim da longa estrada da vida
Meu pai era boiadeiro viajava desde menino E eu cresci nessa lida nasci com o mesmo destino Meu pai morreu nas estradas marcado ao peso da idade No mundo eu sigo levando e negra cruz da saudade
Sonhando as vezes em delírio escuto na voz do vento O triste som de um berrante gemendo em meu pensamento Sonhando ainda eu vejo a minha rede armada Ainda sinto a friagem da brisa da madrugada
Estou no fim dessa vida em meu exílio profundo Recordo as longas viagens pra aqueles ermos de mundo Hoje eu sou a poeira que o gado faz nas estradas Que vai sumindo aos poucos vai se acabando em nada
Compositores: Luiz de Castro (ABRAMUS), Oswaldo Galhardi (ABRAMUS)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)Publicado em 2005 (04/Jul) e lançado em 1992 (10/Abr)ECAD verificado obra #1326423 e fonograma #865994 em 29/Out/2024 com dados da UBEM