Vamos deixar as janelas abertas Deixar o equilíbrio ir embora Cair como um saxofone na calçada Amarrar um fio de cobre no pescoço
Acender um intervalo pelo filtro Usar um extintor como lençol Jogar pólo-aquático na cama Ficar deslizando pelo teto
Da nossa casa cega e medieval Cantar canções em línguas estranhas Retalhar as cortinas desarmadas Com a faca surda que a fé sujou
Desarmar os brinquedos indecentes E a indecência pura dos retratos no salão Vamos beber livros e mastigar tapetes Catar pontas de cigarros nas paredes
Abrir a geladeira e deixar o vento sair Cuspir um dia qualquer no futuro De quem já desapareceu
Deus, Deus, somos todos ateus Vamos cortar os cabelos do príncipe E entregá-los a um deus plebeu
E depois do começo O que vier vai começar a ser o fim E depois do começo O que vier vai começar a ser o fim E depois do começo O que vier vai começar a ser o fim E depois do começo O que vier vai começar a ser...
Compositor: Renato Manfredini Junior (Renato Russo) (ABRAMUS)Editor: Sony Music (UBC)Publicado em 1987 (09/Nov)ECAD verificado obra #121226 e fonograma #9659 em 03/Abr/2024 com dados da UBEM