Disse o campônio a sua amada Minha idolatrada diga o que quer? Por ti vou matar, vou roubar Embora tristezas me causes mulher
Provar quero eu que te quero Venero os teus olhos, teu porte, teu ser Mais diga tua ordem espero Por ti não importa matar ou morrer
E ela disse ao campônio a brincar Se é verdade tua louca paixão Partes já e pra mim vai buscar De tua mãe inteiro o coração
E a correr o campônio partiu Como um raio na estrada sumiu E sua amada quão louca ficou A chorar na estrada tombou
Chega a choupana o campônio Encontra a mãezinha ajoelhada a rezar Rasga-lhe o peito o demônio Tombando a velhinha aos pés do altar
Tira do peito sangrando da velha mãezinha O pobre coração E volta a correr proclamando Vitória, vitória tem minha paixão
Mais em meio da estrada caiu E na queda uma perna partiu E a distância saltou-lhe da mão Sobre a terra o pobre coração
Nesse instante uma voz ecoou Magoou-se pobre filho meu Vem buscar-me filho, aqui estou Vem buscar-me que ainda sou teu!
Compositor: Antonio Vicente Felippe Celestino (Vicente Celestino) (UBC)Editor: Mangione & Filhos (ABRAMUS)Publicado em 1999 (27/Jul)ECAD verificado obra #1031 e fonograma #40254 em 11/Abr/2024 com dados da UBEM