Um dia você me falou, em Andaluzia e em Valladolid Granada fica além do mar, na Espanha Molhou em meu vinho seu pão E também me falou em coisas do Brasil O FMI, Tom, poeta tombado na guerra civil
O homem da máquina então, então me falou Vá embora poeta maldito! O teu tempo maldito também já terminou
E eu fui embora sorrindo, sem ligar pra nada; como vou ligar Para essas coisas quando eu tenho a alma apaixonada?
Mas teu cabelo é mais negro que o negro Da asa da graúna, de um negro mais sutil Preto como os tipos pretos que compõem a palavra anil
E à noite eu entro no CinemaScope Tecnicolor, World Vision, daqueles de cowboy De que vale a minha boa vida de playboy? E eu compro este ópio barato Por duas gâmbias, pouco mais Mas como dói... Eu entro num estádio e a solidão me rói
E eu quero mandar para o alto O que eles pensam em mandar para o beleléu E que tudo mais vá para o céu
E eu quero mandar para o alto O que eles pensam em mandar para o beleléu E que tudo mais vá para o céu E que tudo mais vá para o céu E que tudo mais vá para o céu
Compositores: Antonio Carlos Belchior (Belchior) (UBC), Henrique George Mautner (Jorge Mautner) (UBC)Editor: Fortaleza (AMAR)Publicado em 1998 (10/Jan)ECAD verificado obra #51801 e fonograma #43178283 em 04/Abr/2024 com dados da UBEM