Quando parece não haver um jeito novo ou diferente Um jeito novo ou diferente de não ser igual aos chatos Que você conhece
Quando aparece na TV um político metido num óculos de míope Falando sobre a fome e a miséria, discorrendo e descrevendo Sem dar um solução
Quando você chora de angústia e de dor Pelo corre solto e sem vergonha Pelo jogo preparado, pelo xadrez padronizado
Ou quando o seu sonho se desfaz em desesperança Feito o presidiário morto sem saber Morto sem saber na multidão de uma cela superlotada
Porque você não escreve Pra coluna do Tio José Ele responde tudo Qualquer pergunta que você quiser
Quando os padres-nossos rezados na igreja Não lhe atende o pão pedido, não lhe atende o pão pedido Para aqueles oito filhos escravados na favela
Quando no palácio o banquete de mil talheres Abundância não comida É comida pelo caminhão do lixo dentro do negro Pacote plástico de madrugada
Ou quando você vence o urubu do vestibular E rala de boteco em boteco, de boteco em boteco Pedindo ao português, ao espanhol um lugar de cozinheiro
Porque você não escreve Pra coluna do Tio José Ele responde tudo Qualquer pergunta que você quiser
Compositores: Raul Santos Seixas (Raul Seixas) (UBC), Roberto Frejat (ABRAMUS)Editores: Rf Edicoes Musicais e Producoes Artisticas Lt (ABRAMUS), Warner (UBC)Administração: Warner Chappell Edicoes Musicais Ltda (UBC)Publicado em 1997 e lançado em 1993ECAD verificado obra #1574873 e fonograma #3292221 em 04/Abr/2024 com dados da UBEM